Não tem jogador famoso passeando pelas ruas, nem nenhuma atriz internacional no bairro de São Caetano, na capital baiana. O entre e sai de câmeras e repórteres na casa enfeitada de vermelho e branco da Travessa Esperanto, na verdade, está atrás de Adailton César Santos Campos, 54 anos.
— Aqui não tem coração dividido, não. Aqui, nós somos Sammir!
O pai de Jorge Sammir Cruz Santos, jogador da seleção da Croácia, é segurança de uma loja no bairro. O chefe já disse que ele está muito famoso e ao sair na rua, os vizinhos capricham no assédio. Mas o orgulho é mesmo pelo meio campo do Getafe, da Espanha.
— Se ele estivesse na seleção brasileira, a gente torceria pelo Brasil, mas, aqui, a gente vai torcer é por ele.
Esperando mais de 60 pessoas na estreia do filho, brasileiro naturalizado croata, no jogo em São Paulo contra o Brasil na quinta-feira (12), a casa receberá visita internacional na comemoração de aniversário da madrasta do jogador, Leda Campos, 47, que acontece no mesmo dia. Os novos amigos da família, torcedores do país europeu, que Adailton conheceu no aeroporto no dia 3 de junho, quando a equipe chegou a Salvador, estão hospedados em Praia do Forte e se unem à festa para torcer pelo time que têm em comum.
Quando a aniversariante é perguntada sobre a expectativa do jogo, ela responde sem titubear.
— Posso ser bem sincera? Quem ganha o jogo é a Croácia e o primeiro gol vai ser dele.
E se o Brasil fizer um gol, não vai ter comemoração, pelo menos por parte dela.
– Não há divisão no coração. A família é Croácia!
Outro grupo que reforça a torcida estrangeira está em Itabuna, no sul do Estado, e é liderado pela avó de Noah, 3 anos, primogênito de Sammir. Erci Rocha Cruz, 53, que fretou um ônibus para familiares e amigos e veio do interior para o amistoso contra a Austrália, até tentou estar com o filho durante a partida que aconteceu no dia 6, no estádio de Pituaçu. Apesar de o time ter vencido o confronto, a matriarca não ficou muito contente.
— Não consegui falar, nem estar com ele. Já sabia que o esquema de segurança e concentração seria complicado, tanto que nem fui ao aeroporto recebê-lo. Mas achei que iria conseguir vê-lo durante o jogo. Não foi possível.
Ansiosa, Erci preparou um espaço em Itabuna para 40 pessoas torcer pela Croácia, já que não irá poder acompanhar a incursão pelas cidades do Brasil onde a seleção europeia vai se apresentar. Mas ela espera ver o filho antes que ele volte para a Espanha. O neto não acompanha o pai à Bahia, mas estará no estádio em São Paulo com a mãe, Yasmin Chemin.
Quando a bola rolar às 17h desta quinta-feira, que Brasil que nada! O coração dessa família não terá nada de verde e amarelo. Será apenas vermelho, branco e Sammir.
Fonte r7
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