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contextual e colocar para o receptor uma compreensão de maior alcance, objetivo melhor
atingido na prática da grande-reportagem, que possibilita um mergulho de fôlego nos fatos e em
seu contexto e oferece ao seu autor uma dose ponderável de liberdade para superar os padrões
e fórmulas convencionais do tratamento da notícia.

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domingo, 1 de junho de 2014

PM-MG admite que vai retirar moradores da rua durante Copa do Mundo

Polícia Militar promete que, se for preciso, usará a força para remover pessoas em situação de rua do perímetro isolado da Fifa.
                            Moradores de rua têm 900 vagas em abrigos / Emmanuel Pinheiro | Metro BH  
                                            Moradores de rua têm 900 vagas em abrigos

A Polícia Militar anunciou nesta quinta-feira que fará remoções de pessoas em situação de rua durante a copa do mundo, entre junho e julho, mesmo se for preciso o uso da força. A intervenção ocorrerá se o morador de rua se recusar a sair do perímetro isolado da Fifa e dos territórios adjacentes da Pampulha. Entidades de proteção a esse público ameaçam até a apelar a organizações internacionais para evitar a decisão.
“Se a permanência não for permitida, ele [pessoa em situação de rua] será convidado a se retirar nos limites que a lei determina. Se ele se recusar com força, a PM usará da força proporcional, conveniente, oportuna e necessária para restabelecer a lei”, explicou o porta-voz da Polícia Militar mineira, major Gilmar Luciano.
O Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis encaminhou uma orientação de como deve ser o trato com o morador de rua ao policiamento especializado e da capital. “A retirada das pessoas é completamente vedada. Vamos tomar todas as providências, até fora do território brasileiro, para evitar que isso aconteça”, afirma a advogada da entidade, Maria do Rosário de Oliveira.Segundo o censo realizado pela prefeitura, 1.827 pessoas vivem ao relento hoje em Belo Horizonte.
Reforço
A Secretaria Municipal de Políticas Sociais anunciou nesta quinta-feira que aumentará em 30% o número de agentes para atender as pessoas em situação de rua. No entanto, a administração pública garante que não realizará recolhimento compulsório.
“Não acreditamos que essa seja a melhor medida e não temos esse tipo de conduta. Portanto, as pessoas vão ficar na cidade participando da festa como quiserem, orientadas a estar no espaço público de maneira regular. Isso significa que elas não podem fazer desse espaço uma condição de moradia”, diz a coordenadora do Comitê de População de Rua, Soraya Romina.

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