UMA BOA REPORTAGEM.

A reportagem visa atender a necessidade de ampliar os fatos para uma dimensão
contextual e colocar para o receptor uma compreensão de maior alcance, objetivo melhor
atingido na prática da grande-reportagem, que possibilita um mergulho de fôlego nos fatos e em
seu contexto e oferece ao seu autor uma dose ponderável de liberdade para superar os padrões
e fórmulas convencionais do tratamento da notícia.

TRADUTOR DE IDIOMA

domingo, 27 de abril de 2014

Uma médica formada pela Universidade Federal da Bahia foi vítima de racismo. Luamorena é concursada e trabalha para a prefeitura de Salvador há quase dois anos. Em março, ela recebeu um telefonema pedindo que comparecesse a Secretaria Municipal de Saúde para uma reunião. Lá, foi informada que não tinha perfil para o cargo. Um processo administrativo foi aberto pela Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Reparação Social acompanha as investigações. Na comunidade do Alto das Pombas, a população quer que a profissional continue atendendo.

Mulher negra, penteado africano, médica formada pela Universidade Federal da Bahia e vítima de racismo. Luamorena é concursada, trabalha para a prefeitura de Salvador há quase dois anos. Em março, ela recebeu um telefonema pedindo que comparecesse a Secretaria Municipal de Saúde para uma reunião. Lá, foi informada que não tinha perfil para o cargo.
 
— Quando se diz para um profissional que ele vai ter que ser transferido do seu posto de trabalho porque não tem o perfil para trabalhar naquele lugar, trabalhar com aquela população, com aquela comunidade e se diz também que aquela falta de perfil não é uma questão técnica, não é porque a pessoa não sabe fazer aquilo pra que ela foi contratada para fazer, no meu caso, não sabe passar uma medicação, não sabe fazer uma consulta, não sabe fazer visita domiciliar, não sabe atender bem a população, não cumpre a carga horária, não tem compromisso com o serviço público, é por uma questão de perfil, isso fica muito vago. Eu não tenho como entender perfil, senão uma questão racial.


Depois disso, a médica recebeu apoio da população, dos representantes do Conselho Municipal de Saúde e do Sindicato dos Médicos da Bahia. Eles se reuniram para defender a causa.

Um processo administrativo foi aberto pela Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Reparação Social acompanha as investigações. Na comunidade do Alto das Pombas, a população quer que a profissional continue atendendo.

A médica diz que é difícil continuar trabalhando normal, como se nada tivesse acontecido "depois de receber uma agressão como essa, uma violência como essa".

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